Os últimos levantamentos estatísticos indicam um aumento de 40% na busca por cirurgias plásticas faciais em 2021, e o procedimento com fios é uma alternativa menos invasiva para trazer sustentação à pele. A biomédica esteta Ariadne Lima explica alguns dos principais fatos a respeito deles.
Os eventos presenciais retomaram desde o ano passado e, com isso, o interesse do público em cirurgias plásticas faciais. O ano de 2021 teve um total de 1,4 milhão de procedimentos cirúrgicos e não cirúrgicos, segundo dados globais publicados pela American Academy Of Facial Plastic and Reconstructive Surgery, Inc. O número representa um aumento de 40% em relação a 2020, além de 83% dos cirurgiões da AAFPRS terem percebido um aumento nas reservas ao longo de 2021, em relação ao ano anterior. A maior parte disso é justificada pelo maior tempo livre e a flexibilidade na rotina para se recuperar.
Os fios de polidioxanona, também conhecidos como fios de PDO, estão entre os procedimentos estéticos minimamente invasivos queridinhos entre quem procura tratamentos para o rosto, mas que também funcionam em outras partes do corpo. Além de promoverem uma sustentação com efeito lifting, eles ajudam a tratar a flacidez da pele por meio da estimulação do colágeno na região onde são colocados. O posicionamento e a ancoragem do fio ajudam a remodelar e reestruturar a região para chegar ao resultado desejado, reduzindo traços do envelhecimento natural do corpo e face como rugas e linhas de expressão, para elevar a autoestima dos pacientes.
Para ajudar a tirar algumas dúvidas sobre o que é verdade ou mito a respeito deste tratamento tão procurado, a biomédica esteta Ariadne Lima, doutora em fisiopatologia humana e referência em harmonização facial no Brasil, esclarece alguns fatos sobre os fios de sustentação. A profissional, que comanda uma clínica de estética no Rio de Janeiro, está abrindo a Clínica de Estética Avançada Ariadne Lima em Brasília, no SIG, a partir de 1º de setembro, com diversas opções de tratamentos estéticos e cursos para profissionais na área.
1. Os fios são absorvidos pelo corpo
VERDADE: os fios são compostos de polidioxanona, material que é biocompatível e biodegradável, e são absorvidos pelo organismo dentro do período 4 a 6 meses, deixando uma fibrose de sustentação por até 18 meses.
2. É um procedimento minimamente invasivo
VERDADE: diferentemente do lifting tradicional, que é, de fato, uma cirurgia plástica, a utilização dos fios não exige corte e não deixa cicatrizes. Precisa somente de anestesia local, sendo, portanto, um procedimento minimamente invasivo, feito com cânulas que reduzem edemas e hematomas. O procedimento leva cerca de meia hora. A quantidade de fios utilizada também varia de acordo com o paciente.
3. Os fios só podem ser usados no rosto
MITO: o tratamento também pode ser usado para reduzir a flacidez de outras regiões do corpo, a exemplo dos braços, coxas, joelhos, do pescoço, abdômen entre outras partes. Inclusive, a aplicação dos fios pode ser aliada a outros tipos de procedimentos, para chegar ao resultado mais ideal possível de acordo com o desejo do paciente.
4. É preciso ter alguns cuidados nos primeiros dias
VERDADE: apesar de permitir uma volta imediata aos compromissos habituais, alguns cuidados são importantes nas primeiras semanas após aplicação dos fios. Entre eles, evitar mímicas faciais exageradas, dormir com abdômen para cima na primeira semana e evitar exercícios com levantamento de peso por 15 dias.
5. Os fios podem ser usados em qualquer idade
DEPENDE: os fios de sustentação são recomendados a partir dos 25 anos de idade, quando ocorre uma diminuição na produção natural de colágeno pelo organismo. Por essa razão, detalhes como flacidez e rugas faciais começam a surgir.
6. Existem vários tipos de fios de PDO
VERDADE: os fios espiculados são conhecidos por promoverem o reposicionamento facial, com efeito lifting, enquanto os fios lisos realizam somente a bioestimulação e o tipo “filler” traz volume e bioestimulação de colágeno. O tipo “Matrix” tem efeito preenchedor, ideal para as regiões com aprofundamento, como o “bigode chinês.”